terça-feira, 26 de agosto de 2008

Auto-transformação...


Coloridas e diurnas, as borboletas precedem acontecimentos alegres, em seu oposto estão as mariposas, que são da mesma família. Quase sempre negras e por serem noturnas, frequentemente são atraídas por luzes artificiais, por seu gênero, é atribuído um pré-conceito de que noticiam a infelicidade, mas no imaginário humano ambas estão relacionadas à alma.

Na cultura greco-romana, assim como na egípcia, se acreditava que a alma deixava o corpo em forma de borboleta, pois a palavra "psique", em grego, quer dizer ao mesmo tempo espírito e borboleta. Nos afrescos de Pompéia, a psique é representada por uma criança com asas de borboleta.

Para a civilização asteca, ela era o sopro vital que saía pela boca do morto, além de estar associada a uma divindade ("Itzpapalotl", cruzamento de uma mulher com uma borboleta). Esse simbolismo está relacionado à sua metamorfose, pois pela metáfora, expressa a saída do túmulo (casulo) para o renascimento. Tal associação de seu ciclo vital – a passagem do mundo dos mortos para o dos vivos-, também é utilizada na cultura oriental.

No Japão, borboletas são espíritos viajantes; o seu surgimento anuncia uma visita ou a morte de um parente. Por outro lado, duas borboletas juntas querem dizer felicidade conjugal. No Vietnã, sua presença exprime longa vida, mas, nesse caso, é devido a uma coincidência fonética: duas palavras com pronúncia semelhante significam “borboleta” e “longevidade”.


"Você aprende a gostar de você.
a cuidar de você principalmente,
a gostar de quem gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas...
é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar,
não quem você estava procurando,
mas quem estava procurando por você. "
(Mário Quintana)


Curioso observar que a larva precede a borboleta, e até que essa metarmofose acontece, ela se alimentará constantemente e em determinado momento, ela se recolherá e se resguardará em um casulo, até que esteja preparada para secar suas asas e graciosamente levantar seu primeiro vôo. Esse processo é único e individual, um humano pode acreditar que estará ajudando-a, caso a auxilie a sair do casulo, mas isso comprometerá seu doce vôo pelo resto de seus dias, pois suas asas devem secar naturalmente, sem que para isso haja a interferência de terceiros. E à nossa vida assim segue a transformação, muitas vezes precisamos tomar atitudes sozinhos, consertar erros ou proferir palavras a outrem, não podemos o tempo todo depender de ajuda, e sim algumas vezes sermos pró-ativos. Desta forma iremos voar para "longe"...

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